segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dois Lados do Mesmo Adeus

Caem como folhas
Lágrimas no seu rosto
Suavemente descem
Deixam-lhe o desgosto

Entre dois suspiros
Sopro-lhe na face sem favor
Abre-se a janela
Tenta um disfarce

Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Deixo-me ficar

Nunca quis saber nunca quis acreditar
Que tu irias partir não podias cá ficar
nunca quis escutar muito menos quis ouvir
O teu silêncio que avisava a intenção de não voltar
Podes crer
Bem que me disseram para nunca me agarrar a uma pessoa a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora para que servem estes olhos se não podem mais te ver
Queria ver queria saber
O que fazias tu que estás aqui a observar
Tás a ver tás a perceber
Pode ser que um dia a gente volte a se encontrar
Agora embora, agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho p’ra pensar
Embora agora que a minha alma chora
Como disse alguém
Vou-me perder para me encontrar

Esse choro triste
Desespero seu
P’ra tentar dizer
Nada se perdeu

Pede-me que fique mais
Por um segundo eterno
Como se quisesse ter
O meu beijo terno

Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Só por esse instante

Donna Maria

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Se apenas eu soubesse...

Descontrói-se-me toda uma realidade.
Desmorona-se toda a minha invencibilidade.
Prescruto, e mergulho cada vez mais na imensidão de uma ilusão que jamais virá à luz de um qualquer outro dia. Desço a escada da tristeza e da amargura com o penar de uma imensa insensatez. Mas como qualquer ser humano, alimento-me deste sentimento viscoso que inunda e infecta todo o meu ser. E continuo a viver, sonhando com o impossível, querendo o inalcançável e luto o dia-a-dia cega pela venda do sonhar, luto e espero, luto e desespero.
Oh este coração, podia jurar que era mudo, mas acho que me fala tão baixo que preciso escutá-lo com mais atenção! Se este mundo não fosse o meu, seguia-o até ao fim dos tempos, mas como este é o mundo que me sustenta, com uma realidade que me alimenta de hipocrisia e cobardia, não, não o posso fazer.
Se apenas eu soubesse que também o querias...